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Cartilha sobre Violência Obstétrica da DPE/BA.

A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA promoveu o lançamento da cartilha sobre Violência obstétrica na quinta-feira (23). Na mesa que compôs o evento, estiveram presentes: a subcoordenadora da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos, Eva Rodrigues (como presidente da mesa); a advogada e fundadora do projeto Jus Camomila,Natália Veroneze; a defensora pública do Núcleo de Defesa da Mulheres – NUDEM, Viviane Luchini; a ativista Marie Anne Tonelli Rammi (SP) e Ilka Teodoro, diretora jurídica da organização ARTEMIS.


Tarsila Leão esteve presente no evento, a fim de representar as doulas da Bahia. Ela expôs os benefícios do suporte contínuo oferecido por uma doula durante a gestação, parto e puerpério, os quais podem contribuir significamente para a redução da violência obstétrica. Também expôs a necessidade de apoio para a regulação da profissão e campo de atuação da categoria.


É preciso difundir informações acerca da violência obstétrica, pois muitas pessoas não tem conhecimento de que quando um profissional de saúde induz ou obriga a mulher a fazer uma escolha sobre sua gestação/parto ou via de nascimento, diferente do que ela realmente precisa, isso é uma violência obstétrica. As doulas trabalham com informações baseadas em evidências científicas desde a gestação, para que as mulheres possam se empoderar e evitar a violência obstétrica.



Sueidi Ferreira e Tarsila Leão (doulas)

Uma pesquisa de Klaus e Kennel (1993) constatou os benefícios do suporte contínuo ofertado à mulher durante o trabalho de parto/parto, e quando esse suporte foi realizado por uma pessoa treinada, os resultados foram mais significativos. Eles constataram que esse suporte contínuo reduz em 50% o índice de cesáreas; 25% a duração do trabalho de parto; 60% nos pedidos de analgesia; 30% o uso de analgesia peridural; 40% no uso de ocitocina e 40% no uso de fórceps. Desta forma, podemos comprovar com evidências científicas os benefícios da atenção ao parto com suporte da doula.


Uma das formas de difundir as informações sobre os direitos da mulher no período gestacional e puerpério, é quando a doula auxilia a mulher e/ou casal no planejamento do parto. Escrever um plano de parto e poder entender todos os procedimentos necessários ou não, pode trazer tranquilidade para que os envolvidos possam melhor lidar com as diversas situações.


Mas quem comete a violência obstétrica? Além do sistema de saúde que pode responder por prestar uma assistência desumanizada à mulher e/ou ao recém-nascido, os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, dentre outros), os prestadores de serviços gerais (faxineiros, seguranças, porteiros...), assistentes sociais, recepcionistas, diretores, coordenadores e todos os funcionários do hospital/maternidade e postos de saúde.

Cartilha da DPU/BA Violência Obstétrica

Tarsila Leão

Doula

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